Seu Bolso: Bebidas vão ficar mais caras

Fonte: O Dia Online

Governo libera aumento para os preços das cervejas, dos refrigerantes e da água mineral

Rio - Os preços das cervejas, dos refrigerantes e da água mineral deverão subir mais de 10% dentro de dois meses. O anúncio foi feito ontem pelo vice-presidente da Ambev, do Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja (Sindicerv) e da Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e de Bebidas Não Alcoólicas (Abir), Milton Seligman, após reunião em Brasília.

Os aumentos serão ocasionados pela elevação nos impostos, que deverá atingir até mesmo embalagens dos produtos. Seligman se reuniu ontem com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, para discutir o adiamento do reajuste, mas a ideia foi descartada.

Devido à crise econômica que atingiu o mundo em 2009, o aumento não foi aplicado no ano passado. Por isso, o próximo vai embutir o acúmulo da inflação dos últimos dois anos. “O ministro Mantega afirmou que a crise financeira acabou e que agora a vida volta ao normal”, disse o empresário.

De acordo com Seligman, a intenção da Ambev para 2011 era tentar trocar o aumento dos impostos por mais investimentos e geração de empregos nas fábricas da empresa. “Fizemos uma proposta de investir R$ 7,7 bilhões neste ano, gerando 60 mil novos empregos, para que a tabela não fosse reajustada, mas o governo decidiu fazer o ajuste”, afirmou.

A notícia não agradou aos amigos Miguel Angelo Ferreira, 30 anos, e Wesley Silva de Oliveira, 20, ambos operadores de telemarketing. “É um absurdo aumentar tanto. Devia subir dentro da inflação. A cerveja vai sair muito cara agora”, reclama Miguel.

EMPREGOS - A intenção da Ambev era investir R$ 7,7 bilhões ao longo do ano para gerar 60 mil empregos e adiar o aumento de impostos.

IMPOSTOS - Reajuste não veio em 2010 devido à crise econômica, mas agora vai acumular inflação dos últimos dois anos.