Dançarinos mostram seu gingado no Teatro Cacilda Becker.Com estilos diferentes, eles exibem talento e paixão pelo mundo do samba.
O carnaval está chegando e todo mundo quer sambar, fazer bonito na avenida. Os mestres do gingado ensinam que aprender a sambar não é difícil, mas, exige-se um jeito de corpo, elegância nos movimentos e espontaneidade. Há aqueles que já trazem tudo isso no DNA, crescem no mundo dos bambas e aprendem no dia a dia das rodas de pagode na comunidade. Porém, todo talento precisa ser lapidado, aprimorado com quem estuda o ofício. Com proposta como essa que a Cia. Étnica de Dança está realizando o "Seminário danças doCarnaval", idealizado pela coreógrafa e pesquisadora Carmen Luz, no Teatro Cacilda Becker, Catete, Zona Sul do Rio.
"Esse trabalho é uma viagem corporal no mundo do samba, que envolve o jazz, o funk, o sapateado brasileiro. É um olhar para essa dança que o corpo negro produz e que reúne os vários movimentos que resultam no samba. É uma reflexão sobre a dança no espetáculo do carnaval", explica Carmen, acrescentando que o tom acadêmico para por aqui.
"No tablado não são doutores falando do corpo negro. São os próprios componentes, sambistas, falando sobre sua arte, seu gingado, o espetáculo que produzem e que encanta as pessoas."
Apaixonados por carnaval
Na última quinta-feira (3), o grupo fez uma apresentação exclusiva para o G1. Foi uma verdadeira aula de dança. Vale a pena assistir o vídeo e aprender algumas dicas do molejo desses dançarinos, coreógrafos, mestre-salas e portas-bandeiras. Todos jovens, alegres, apaixonados pela dança e pelo carnaval.Energia, elegância, disciplina e harmonia na evolução do corpo não faltam a Alcione Carvalho, 27 anos, atriz, bailarina e porta-bandeira da Estácio de Sá.
"Gente, fala alguma coisa! Fui bem desta vez?", grita, com bom humor, exigindo retorno dos amigos que a observam repetir os movimentos, bailando graciosa em busca da perfeição.
"Está ótima! Arrasou!", respondem os colegas, externando a admiração. "Então, podem aplaudir", brinca a estrela.Outra que encanta a plateia é a bailarina e porta-bandeira da São Clemente, Jaqueline Gomes, 26, observadora atenta dos colegas e que se esmera em fazer o melhor quando chega a sua vez de brilhar no palco, ensaio para a grande exibição na avenida. "Cada detalhe é importante, né? A gente vai observando e corrigindo os erros, fazendo cada vez melhor", ensina.
Aula de samba
Parceiro de Alcione na avenida, o mestre-sala Marcinho da Estácio, como é conhecido Márcio de Souza, 25, que também é bailarino, mostra que para sambar é preciso ter alegria e se entregar ao ritmo, se deixando levar. Rodopia com desenvoltura, solto, e faz o gesto de reverência à sua parceira e ao público de uma forma emocionante, quase como um ritual.
"É o respeito ao samba, às tradições, às origens. Ele é completamente samba, cheio de espontaneidade, com seus movimentos fluindo de dentro para fora. É uma emoção primitiva, que já nasceu com ele", avalia Carmen Luz.
Quem também exibe um talento indiscutível é o bailarino, coréografo e passista da Unidos de Vila Isabel Fábio Batista, 30, o Fabinho. "É um gingado trabalhado, moldado na disciplina, na dedicação para fazer o melhor. É brilhante", derrete-se a professora.
Em seguida, a apresentação é do Bira Claudino, 37, neto de Marcelino da Mangueira, parceiro de samba do mestre Delegado. "O samba está no meu sangue", resume ele que também é músico e ritmista da São Clemente.
"O Bira reúne um pouco dos dois (Fabinho e Marcinho), com um sapateado que emana dessa tradição. A gente vai subindo o olhar pelos movimentos das pernas, o tronco, e vê o showman que ele é", analisa Carmen, com a aprovação de Newton Duarte, o Casquinha, diretor de harmonia da Estácio de Sá, ao seu lado.
Serviço
Seminário Danças do Carnaval - Festas e Pensamentos
Cia. Étnica de Dança
Coreógrafa: Carmen Luz
Horário: Todas as terças-feiras às 18h30
Curso de Samba
Todas as quintas-feiras às 19h
Local: Teatro Cacilda Becker
Rua do Catete, 338Tel.: (21) 2265-9933
Carmen (ao centro), diretora da Cia. Étnica de Dança, e os passistas da Estácio, O carnaval está chegando e todo mundo quer sambar, fazer bonito na avenida. Os mestres do gingado ensinam que aprender a sambar não é difícil, mas, exige-se um jeito de corpo, elegância nos movimentos e espontaneidade. Há aqueles que já trazem tudo isso no DNA, crescem no mundo dos bambas e aprendem no dia a dia das rodas de pagode na comunidade. Porém, todo talento precisa ser lapidado, aprimorado com quem estuda o ofício. Com proposta como essa que a Cia. Étnica de Dança está realizando o "Seminário danças doCarnaval", idealizado pela coreógrafa e pesquisadora Carmen Luz, no Teatro Cacilda Becker, Catete, Zona Sul do Rio.
"Esse trabalho é uma viagem corporal no mundo do samba, que envolve o jazz, o funk, o sapateado brasileiro. É um olhar para essa dança que o corpo negro produz e que reúne os vários movimentos que resultam no samba. É uma reflexão sobre a dança no espetáculo do carnaval", explica Carmen, acrescentando que o tom acadêmico para por aqui.
"No tablado não são doutores falando do corpo negro. São os próprios componentes, sambistas, falando sobre sua arte, seu gingado, o espetáculo que produzem e que encanta as pessoas."
Apaixonados por carnaval
Na última quinta-feira (3), o grupo fez uma apresentação exclusiva para o G1. Foi uma verdadeira aula de dança. Vale a pena assistir o vídeo e aprender algumas dicas do molejo desses dançarinos, coreógrafos, mestre-salas e portas-bandeiras. Todos jovens, alegres, apaixonados pela dança e pelo carnaval.
"Esse trabalho é uma viagem corporal no mundo do samba, que envolve o jazz, o funk, o sapateado brasileiro. É um olhar para essa dança que o corpo negro produz e que reúne os vários movimentos que resultam no samba. É uma reflexão sobre a dança no espetáculo do carnaval", explica Carmen, acrescentando que o tom acadêmico para por aqui.
"No tablado não são doutores falando do corpo negro. São os próprios componentes, sambistas, falando sobre sua arte, seu gingado, o espetáculo que produzem e que encanta as pessoas."
Apaixonados por carnaval
Na última quinta-feira (3), o grupo fez uma apresentação exclusiva para o G1. Foi uma verdadeira aula de dança. Vale a pena assistir o vídeo e aprender algumas dicas do molejo desses dançarinos, coreógrafos, mestre-salas e portas-bandeiras. Todos jovens, alegres, apaixonados pela dança e pelo carnaval.
Energia, elegância, disciplina e harmonia na evolução do corpo não faltam a Alcione Carvalho, 27 anos, atriz, bailarina e porta-bandeira da Estácio de Sá.
"Gente, fala alguma coisa! Fui bem desta vez?", grita, com bom humor, exigindo retorno dos amigos que a observam repetir os movimentos, bailando graciosa em busca da perfeição.
"Está ótima! Arrasou!", respondem os colegas, externando a admiração. "Então, podem aplaudir", brinca a estrela.
"Gente, fala alguma coisa! Fui bem desta vez?", grita, com bom humor, exigindo retorno dos amigos que a observam repetir os movimentos, bailando graciosa em busca da perfeição.
"Está ótima! Arrasou!", respondem os colegas, externando a admiração. "Então, podem aplaudir", brinca a estrela.
Outra que encanta a plateia é a bailarina e porta-bandeira da São Clemente, Jaqueline Gomes, 26, observadora atenta dos colegas e que se esmera em fazer o melhor quando chega a sua vez de brilhar no palco, ensaio para a grande exibição na avenida. "Cada detalhe é importante, né? A gente vai observando e corrigindo os erros, fazendo cada vez melhor", ensina.
Aula de samba
Parceiro de Alcione na avenida, o mestre-sala Marcinho da Estácio, como é conhecido Márcio de Souza, 25, que também é bailarino, mostra que para sambar é preciso ter alegria e se entregar ao ritmo, se deixando levar. Rodopia com desenvoltura, solto, e faz o gesto de reverência à sua parceira e ao público de uma forma emocionante, quase como um ritual.
"É o respeito ao samba, às tradições, às origens. Ele é completamente samba, cheio de espontaneidade, com seus movimentos fluindo de dentro para fora. É uma emoção primitiva, que já nasceu com ele", avalia Carmen Luz.
Quem também exibe um talento indiscutível é o bailarino, coréografo e passista da Unidos de Vila Isabel Fábio Batista, 30, o Fabinho. "É um gingado trabalhado, moldado na disciplina, na dedicação para fazer o melhor. É brilhante", derrete-se a professora.
Em seguida, a apresentação é do Bira Claudino, 37, neto de Marcelino da Mangueira, parceiro de samba do mestre Delegado. "O samba está no meu sangue", resume ele que também é músico e ritmista da São Clemente.
"O Bira reúne um pouco dos dois (Fabinho e Marcinho), com um sapateado que emana dessa tradição. A gente vai subindo o olhar pelos movimentos das pernas, o tronco, e vê o showman que ele é", analisa Carmen, com a aprovação de Newton Duarte, o Casquinha, diretor de harmonia da Estácio de Sá, ao seu lado.
Serviço
Seminário Danças do Carnaval - Festas e Pensamentos
Cia. Étnica de Dança
Coreógrafa: Carmen Luz
Horário: Todas as terças-feiras às 18h30
Curso de Samba
Todas as quintas-feiras às 19h
Local: Teatro Cacilda Becker
Rua do Catete, 338
Aula de samba
Parceiro de Alcione na avenida, o mestre-sala Marcinho da Estácio, como é conhecido Márcio de Souza, 25, que também é bailarino, mostra que para sambar é preciso ter alegria e se entregar ao ritmo, se deixando levar. Rodopia com desenvoltura, solto, e faz o gesto de reverência à sua parceira e ao público de uma forma emocionante, quase como um ritual.
"É o respeito ao samba, às tradições, às origens. Ele é completamente samba, cheio de espontaneidade, com seus movimentos fluindo de dentro para fora. É uma emoção primitiva, que já nasceu com ele", avalia Carmen Luz.
Quem também exibe um talento indiscutível é o bailarino, coréografo e passista da Unidos de Vila Isabel Fábio Batista, 30, o Fabinho. "É um gingado trabalhado, moldado na disciplina, na dedicação para fazer o melhor. É brilhante", derrete-se a professora.
Em seguida, a apresentação é do Bira Claudino, 37, neto de Marcelino da Mangueira, parceiro de samba do mestre Delegado. "O samba está no meu sangue", resume ele que também é músico e ritmista da São Clemente.
"O Bira reúne um pouco dos dois (Fabinho e Marcinho), com um sapateado que emana dessa tradição. A gente vai subindo o olhar pelos movimentos das pernas, o tronco, e vê o showman que ele é", analisa Carmen, com a aprovação de Newton Duarte, o Casquinha, diretor de harmonia da Estácio de Sá, ao seu lado.
Serviço
Seminário Danças do Carnaval - Festas e Pensamentos
Cia. Étnica de Dança
Coreógrafa: Carmen Luz
Horário: Todas as terças-feiras às 18h30
Curso de Samba
Todas as quintas-feiras às 19h
Local: Teatro Cacilda Becker
Rua do Catete, 338
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