17 de mai. de 2011

Imagens mostram ação de criminosos em prédio na Tijuca, no Rio

Fonte: G1 Rio de Janeiro


Vídeo foi gravado por circuito de segurança do prédio no dia do crime.
No domingo (15), moradores foram amarrados e tiveram pertences roubados.

Tássia Thum

Do G1 RJ
Um dia após o assalto a um prédio residencial na Tijuca, na Zona Norte do Rio, a Polícia Civil divulgou, na noite desta segunda-feira (16), imagens gravadas pelo circuito interno de segurança do edifício. Além de um homem já preso, a polícia identificou outro suspeito de participação no crime. 
As imagens mostram quando um dos criminosos vai até o carro de um morador que está estacionado em frente ao edifício. Depois, ele entra em companhia da vítima, que está de camisa amarela. Pelo menos quatro criminosos circulam armados na garagem do prédio.

Segundo a Polícia Civil, o grupo colocou os pertences roubados no carro do morador, para em seguida, fugir. No entanto, ao perceberem o cerco policial, os criminosos resolveram ir embora sem levar o carro do morador e os pertences.

Nas imagens, os criminosos também circulam com malas, onde, aparentemente, estariam o material roubado das casas das vítimas. Com a divulgação das imagens, a polícia acredita receber novas informações sobre o paradeiro dos assaltantes.
Como foi o crime
O crime aconteceu no domingo (15). Na ocasião, os criminosos mantiveram vários moradores reféns. As vítimas ficaram trancadas e amordaçadas em um apartamento do prédio. Um motorista chegou a ser sequestrado pelos suspeitos na Rua São Miguel, também na Tijuca,  mas foi liberado em seguida sem ferimentos.

“Eu estava com minha namorada na Rua São Miguel, em um Siena Preto, quando eles nos abordaram. Pensei que quisessem roubar o carro, mas eles mandaram eu entrar no carro em que eles estavam e me pediram para guiá-los para longe dali. Eles não conheciam a área”, disse a vítima, que preferiu não se identificar.

Um dos criminosos, no entanto, permaneceu no prédio por cerca de cinco horas. Policiais que vasculhavam o edifício em busca de pistas dos criminosos que cometeram o crime, informaram que ele teria ficado escondido no elevador. Os policiais informaram que o elevador havia sido desligado para impedir a circulação de pessoas enquanto a varredura acontecia.

Às 16h30, o suspeito tentou deixar o prédio, mas foi reconhecido por moradores. A partir de então aconteceu uma intensa troca de tiros para capturá-lo. Algumas quadras à frente, o suspeito invadiu outro prédio, sendo preso alguns minutos depois. Segundo a polícia, ele possui quatro passagens por roubo. Desta vez, foi indiciado por roubo e tentativa de homicído, já que atirou contra os policiais quando invadiu o segundo prédio para tentar fugir.

Foragido da prisão

Já o homem identificado nesta segunda-feira foi reconhecido após peritos do Instituto Félix Pacheco (IFP) coletarem as impressões digitais dele no prédio, que fica na Rua 18 de Outubro. Segundo a Polícia Civil, ele é foragido do sistema penitenciário desde 28 de março deste ano, e tem várias passagens por roubo, porte ilegal de arma, uso de documentos falsos, receptação e homicídio.

De acordo com a polícia, cinco criminosos teriam passado a noite em um baile funk, e ao deixarem o local foram até a Lagoa Rodrigo de Freitas, na Zona Sul. Lá, eles abordaram um homem que estava estacionando o carro, e que iria fazer uma caminhada no local. Os suspeitos se dividiram e foram no carro deles e no carro da vítima para a residência do mesmo, na Rua 18 de outubro, na Tijuca.

Vítimas
o prédio, renderam mais algumas pessoas que estavam na portaria. O estudante de Direito, Caio Cardoso da Silveira, de 22 anos, passava pela portaria para ir com o pai até a padaria, quando foi rendido. “Ele me perguntou em que apartamento eu morava. E eu disse que era na cobertura, ele então encaminhou eu, meu pai e mais algumas pessoas rendidas na portaria até lá”, explicou.

Além de Caio, a mãe dele, um irmão e um amigo estavam no apartamento, e junto com os outros reféns, foram amarrados. ”Eram três criminosos na minha casa. Um deles pediu que eu amarrasse os moradores, pegamos lençóis e os amarramos. Havia dois bebês e dois idosos, entre os reféns. Ele dizia: vou matar sua mãe na sua frente, depois vou matar você”, contou a vítima.

Ao chegar no segundo andar, Caio teria se deparado com alguns policiais que já haviam sido chamados. A partir daí, aconteceu uma perseguição e Caio conseguiu se esconder no play. O confronto entre criminosos e a polícia aconteceu na portaria do prédio, e um dos vidros do carro dos suspeitos, que estava estacionado em frente ao edifício, foi atingido.

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