O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, inaugurou nesta manhã o Cinema em 3D do Complexo do Alemão
Foto: Mauro Pimentel/Futura Press
Foto: Mauro Pimentel/Futura Press
O comandante-geral da Polícia Militar (PM) do Rio de Janeiro, Mário Sérgio Britto Duarte, desce a rua Nova Brasília, em uma das favelas do Complexo do Alemão. Ele não carrega arma. Conversa com as pessoas ao redor, caminha tranquilamente. Logo ao lado, a educadora Eliane Sampaio abre caminho seguida por uma fila de alunos da escola Afonso Várzea. Eles acabaram de assistir ao lançamento do filme Tron - O Legado, na recém inaugurada sala de cinema 3D, que fica na praça central da comunidade. O comércio fervilha. Pessoas passam para todos os lados. Crianças carregam presentes que receberam de uma doação. Distribuem sorrisos.
A cena alegre, típica de véspera de Natal, pode passar desapercebida, mas diz muito sobre o momento vivido no Complexo do Alemão. "Nos últimos 20 anos, sempre passei por aqui sob fogo. Sempre que precisava vir, as pessoas ficavam expostas ao risco de um tiroteio", afirma Mário Sérgio ao olhar as vielas da comunidade. O comandante lembra do momento em que comunicou ao prefeito do Rio, Eduardo Paes, a tomada da região. "Disse a ele que estava entregando uma cidade que poderia retomar o processo de inclusão social", conta. De acordo com ele, agora a prefeitura terá tranquilidade para trabalhar.
Para a educadora, a maior diferença após a ocupação é a garantia do direito de ir e vir. "Olha isso que está acontecendo. Eu, você, meus alunos, os policiais, todos caminhando nessa rua em paz. Isso é indescritível", afirma. Eliane é diretora da Escola Afonso Várzea, localizada no pé da favela Nova Brasília. Ela conta que se esforçava para proporcionar passeios aos seus alunos para mostrar um mundo que eles não conheciam, fora das favelas. Hoje, ela tinha acabado de levar seus alunos para uma sessão de cinema 3D dentro da comunidade. É como se, dessa vez, esse mundo de fora estivesse chegando até as crianças.
O coronel do Exército Antônio Manuel Barros, responsável por uma das três forças-tarefa da Força de Paz, entende que ainda é preciso fazer muitas apreensões e que buscas e prisões devem ocorrer. No entanto, de acordo com ele, o principal objetivo da missão é garantir o direito de ir e vir dos moradores. Para isso, o Exército intensifica o patrulhamento permanente nas áreas do Complexo do Alemão e da Penha. "Ainda existe algum receio por parte dos moradores. Mas o maior medo para eles é que a gente saia da comunidade. Isso não vai acontecer", afirmou. A Força de Paz deve permanecer nos complexos pelo menos até outubro de 2011, data em que está prevista a formação de novos policiais para integrar as Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) a serem implantadas na região.
"É o melhor Natal em 28 anos, desde que eu moro aqui. As crianças não podiam sair, brincar na rua como estão fazendo agora", resumiu o polidor Lúcio de Souza, 35 anos. Sua filha Jeniffer, 10 anos, está na quarta série e ganhou o convite para assistir ao filme de estréia por estrar entre as melhores alunas da escola Henrique Foréis. "Achei bom em alguns momentos e ruim em outros", opinou a menina sobre o filme.
Erro do tráfico causou tomada do Alemão
"Foi mais um erro deles. Primeiramente, eles não deveriam existir, não deveriam traficar. Dentro desse contexto, eles deram um tiro no pé ao atacar a população. Isso permitiu uma união de esforços com apoio da sociedade que tornou tudo isso possível", afirmou o coronel ao deixar o cinema da favela Nova Brasília inaugurado hoje.
"O mais importante é ver essas pessoas livres. Podemos sentir que mais de 90% das pessoas daqui são gente de bem que quer trabalhar e criar seus filhos em paz", afirmou Duarte.
O comandante-geral da PM, coronel Mário Sérgio Britto Duarte, afirmou nesta tarde que o Natal de paz vivido nos complexos da Penha e do Alemão é uma boa surpresa de 2010. A pacificação da região não estava planejada para ocorrer esse ano. De acordo com o coronel, elas foram possibilitadas por um erro de estratégia dos traficantes.
A cena alegre, típica de véspera de Natal, pode passar desapercebida, mas diz muito sobre o momento vivido no Complexo do Alemão. "Nos últimos 20 anos, sempre passei por aqui sob fogo. Sempre que precisava vir, as pessoas ficavam expostas ao risco de um tiroteio", afirma Mário Sérgio ao olhar as vielas da comunidade. O comandante lembra do momento em que comunicou ao prefeito do Rio, Eduardo Paes, a tomada da região. "Disse a ele que estava entregando uma cidade que poderia retomar o processo de inclusão social", conta. De acordo com ele, agora a prefeitura terá tranquilidade para trabalhar.
Para a educadora, a maior diferença após a ocupação é a garantia do direito de ir e vir. "Olha isso que está acontecendo. Eu, você, meus alunos, os policiais, todos caminhando nessa rua em paz. Isso é indescritível", afirma. Eliane é diretora da Escola Afonso Várzea, localizada no pé da favela Nova Brasília. Ela conta que se esforçava para proporcionar passeios aos seus alunos para mostrar um mundo que eles não conheciam, fora das favelas. Hoje, ela tinha acabado de levar seus alunos para uma sessão de cinema 3D dentro da comunidade. É como se, dessa vez, esse mundo de fora estivesse chegando até as crianças.
O coronel do Exército Antônio Manuel Barros, responsável por uma das três forças-tarefa da Força de Paz, entende que ainda é preciso fazer muitas apreensões e que buscas e prisões devem ocorrer. No entanto, de acordo com ele, o principal objetivo da missão é garantir o direito de ir e vir dos moradores. Para isso, o Exército intensifica o patrulhamento permanente nas áreas do Complexo do Alemão e da Penha. "Ainda existe algum receio por parte dos moradores. Mas o maior medo para eles é que a gente saia da comunidade. Isso não vai acontecer", afirmou. A Força de Paz deve permanecer nos complexos pelo menos até outubro de 2011, data em que está prevista a formação de novos policiais para integrar as Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) a serem implantadas na região.
"É o melhor Natal em 28 anos, desde que eu moro aqui. As crianças não podiam sair, brincar na rua como estão fazendo agora", resumiu o polidor Lúcio de Souza, 35 anos. Sua filha Jeniffer, 10 anos, está na quarta série e ganhou o convite para assistir ao filme de estréia por estrar entre as melhores alunas da escola Henrique Foréis. "Achei bom em alguns momentos e ruim em outros", opinou a menina sobre o filme.
Erro do tráfico causou tomada do Alemão
"Foi mais um erro deles. Primeiramente, eles não deveriam existir, não deveriam traficar. Dentro desse contexto, eles deram um tiro no pé ao atacar a população. Isso permitiu uma união de esforços com apoio da sociedade que tornou tudo isso possível", afirmou o coronel ao deixar o cinema da favela Nova Brasília inaugurado hoje.
"O mais importante é ver essas pessoas livres. Podemos sentir que mais de 90% das pessoas daqui são gente de bem que quer trabalhar e criar seus filhos em paz", afirmou Duarte.
O comandante-geral da PM, coronel Mário Sérgio Britto Duarte, afirmou nesta tarde que o Natal de paz vivido nos complexos da Penha e do Alemão é uma boa surpresa de 2010. A pacificação da região não estava planejada para ocorrer esse ano. De acordo com o coronel, elas foram possibilitadas por um erro de estratégia dos traficantes.
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