28 de jan. de 2011

Prefeitura diz que não fiscalizava Camelódromo por falta de segurança

Fonte: G1

Segundo órgão, após ação policial, vistoria passará a ter regularidade.
Nesta quinta (27), apenas oito dos mais de 1.500 boxes abriram as portas.

Durante a maior operação contra a pirataria desencadeada no Rio, em andamento desde quarta-feira (26), a prefeitura do Rio de Janeiro afirmou, nesta quinta-feira (27), que não fiscalizava o Mercado Popular da Rua Uruguaiana (Camelódromo), no Centro da cidade, por falta de segurança.
"A polícia tem uma forma de agir que o nosso fiscal da prefeitura não tem condições de agir ali, de fechar um boxe daquele", justificou o secretário de Ordem Pública, Alex Costa, acrescentando que a partir da operação policial, a prefeitura passará a fiscalizar o local.
Segundo ele, nenhum box tem alvará de funcionamento ou paga impostos. Ele admitiu também que nunca pediu ajuda à polícia para realizar as vistorias. Nesta quinta, apenas oito dos mais de 1.500 boxes abriram as portas.
A polícia investiga a denúncia de que alguns estabelecimentos pertenceriam a policiais. "Caso haja alguma ilegalidade praticada por algum policial, imediatamente vai ser avisado à Corregedoria", disse o delegado Ronaldo Oliveira.
Segundo a delegada Valéria de Aragão, da Delegacia de Repressão a Crime Contra Propriedade Imaterial (DRCPIM), um comerciante foi preso em flagrante. A operação prossegue até sexta-feira (28).
A Secretaria Especial de Ordem Pública (Seop) informou que na próxima semana haverá uma reunião entre órgãos municipais e estaduais para tentar regularizar a situação dos vendedores do camelódromo.

Base fixa da polícia
Na quarta-feira (26), o chefe da Polícia Civil, Alan Turnowsky, confirmou que assim que a operação terminar, uma base fixa da Polícia Civil será montada no local, para combater a venda de produtos falsificados e contrabandeados.
Segundo Turnowsky , o objetivo é fiscalizar, diariamente, a chegada e a venda de mercadorias piratas. “Com isso a gente espera, pela primeira vez, de uma forma consistente, zerar a venda de produtos piratas na Uruguaiana”, concluiu.
A polícia também espera expandir o projeto para outros mercados populares, como o Mercado de Madureira.

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