13 de jan. de 2011

Presidenta visita hoje áreas afetadas pelos temporais

Fonte: O Dia Online


Na primeira agenda fora de Brasília depois da posse, Dilma vai anunciar verba para o Rio

Rio - Em sua primeira viagem como presidenta, Dilma Rousseff chega hoje de manhã ao Rio de Janeiro para ver de perto os estragos provocados pelas chuvas no estado. Ao lado do governador Sérgio Cabral, que antecipou sua volta de férias na Europa com a família, Dilma sobrevoará pela manhã os municípios da Região Serrana mais castigados pelos temporais como Petrópolis, Teresópolis e Nova Friburgo.
Foto: EFE
Foto: EFE
A presidenta também deverá anunciar o valor que será repassado pelo governo federal para as cidades mais atingidas. De acordo com a Casa Civil, R$ 780 milhões já estão liberados para ajudar na reconstrução dos municípios afetados pelas chuvas em todo o Brasil. A maior parte dos recursos — R$ 700 milhões — será destinada ao Ministério da Integração Nacional.

>> FOTOGALERIA: Veja fotos da destruição de Teresópolis

O restante do dinheiro — R$ 80 milhões — ficará à disposição do Ministério dos Transportes, que deverá aplicá-lo na recuperação de rodovias danificadas pelas enchentes e deslizamentos.

No Rio desde ontem, os ministros da Integração Nacional, Fernando Bezerra, e de Relações Institucionais, Luiz Sérgio, também sobrevoaram a região. Junto com eles, estava o vice-governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, que passou a noite acompanhando os trabalhos das equipes de resgate em Nova Friburgo.

Cabral chamou a Marinha

Diante da gravidade da tragédia, o governador Sérgio Cabral também pediu ajuda à Marinha Brasileira. A Força cedeu dois helicópteros que estão sendo utilizados no transporte de homens e equipamentos do Corpo de Bombeiros. Tropas com experiência em missões de resgate, inclusive com atuações no Haiti e nas tragédias da Ilha Grande e do Morro do Bumba, em Niterói, foram deslocadas para a região.

Por determinação da presidenta Dilma, além dos ministérios da Integração Nacional e de Relações Institucionais, estão à disposição do governador Sérgio Cabral as pastas da Defesa, da Saúde, do Desenvolvimento Social e do Meio Ambiente.
Foto: Cristiano Lopes / Agência O Dia
Casa é soterrada após deslizamentos de terra em Nova Friburgo, na Região Serrana | Foto: Cristiano Lopes / Agência O Dia
Ontem, o secretário estadual de Assistência Social e Direitos Humanos, Rodrigo Neves, que se reuniu com o prefeito de Teresópolis, Jorge Mario (PT), afirmou que o Estado vai dar ajuda financeira para as famílias que perderam tudo nos deslizamentos. 

Para atender os desabrigados, cerca de 1.400 casas dos programas Minha Casa Minha Vida, do governo federal, e Morar Seguro, do governo do estado, serão doadas às vítimas.

Na avaliação de prefeito, Teresópolis deverá precisar de R$ 100 milhões para recuperar 17 bairros

Quando a presidenta Dilma Rousseff chegar hoje de manhã à Região Serrana, vai encontrar mais de 30 bairros devastados e dezenas de famílias destruídas. Muitos lugares ainda estão isolados e equipes de resgate não conseguem chegar. 

Ontem, após sobrevoar Teresópolis, o prefeito Jorge Mario (PT) assinou decreto de estado de calamidade pública com o objetivo de pedir recursos de emergência. Ele classificou a tragédia como “a maior catástrofe da história do município” e estimou que a verba necessária para recuperar a cidade seja de R$ 100 milhões. São 17 bairros castigados. A prefeitura disponibiliza, a partir de hoje, uma conta corrente no Banco do Brasil para receber doações e ajudar as famílias atingidas pelo temporal. Os depósitos devem ser feitos em nome de “SOS Teresópolis Donativos” na conta 110000-9, agência 0741.

Em Nova Friburgo, dezenas de turistas estão ilhados, e ainda não é possível saber quantos moradores estão soterrados. A região está sem telefone, internet e energia elétrica. O prejuízo ainda é incalculável. 

Em Petrópolis, o número de mortos, segundo a Defesa Civil do município, também pode aumentar bastante porque ainda há muitas pessoas soterradas e que foram arrastadas pela força da água, que, em alguns pontos, subiu cinco metros de altura. Itaipava foi região mais castigada. Ontem, o prefeito Paulo Mustrangi admitiu que as áreas mais atingidas eram de ocupações irregulares.

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