16 de mai. de 2011

Após assaltarem prédio na Tijuca, suspeitos levam motorista em fuga

Fonte: G1 Rio de Janeiro


Segundo a vítima, que foi liberada, eles pareciam não conhecer o bairro.
Depois de prender um dos suspeitos, polícia procura os outros envolvidos.

Thamine Leta

Do G1 RJ
Após fazer vários reféns em um prédio na Tijuca, na Zona Norte do Rio, neste
domingo (15), o grupo de criminosos sequestrou um motorista na Rua São Miguel, no mesmo bairro, para auxiliá-los na fuga. A vítima foi liberada sem ferimentos. Dos cinco suspeitos, apenas um foi preso.

“Eu estava com minha namorada na Rua São Miguel, em um Siena Preto, quando eles nos abordaram. Pensei que quisessem roubar o carro, mas eles mandaram eu entrar no carro em que eles estavam e me pediram para guiá-los para longe dali. Eles não conheciam a área”, disse a vítima, que preferiu não se identificar.

Segundo ele, três criminosos estavam em um Gol verde. De acordo com a polícia, depois de fugirem do prédio que assaltaram, na Tijuca, eles roubaram uma caminhonete e logo em seguida abandonaram o veículo e roubaram o Gol verde. Não há informações sobre a fuga do outro suspeito.

“Eram três criminosos. Um dirigia o carro e outros dois estavam no banco de trás comigo. Eles ainda se vangloriavam, falavam que àquela hora tudo que eles fizeram estaria passando na TV”, descreveu o motorista.

A vitima do sequestro-relâmpago teve seu celular e um colar roubados. Os criminosos o abandonaram em Benfica, na Zona Norte, e seguiram com a fuga.
Ação começou na Lagoa
De acordo com a polícia, cinco criminosos teriam passado a noite em um baile funk, e ao deixarem o local foram até a Lagoa Rodrigo de Freitas, na Zona Sul. Lá, eles abordaram um homem que estava estacionando o carro, e que iria fazer uma caminhada no local. Os suspeitos se dividiram e foram no carro deles e no carro da vítima para a residência do mesmo, na Rua 18 de outubro, na Tijuca.

PMs cercam prédio para capturar suspeito (Foto: Thamine Leta)
PMs cercam prédio para capturar suspeito
(Foto: Thamine Leta)
No prédio, renderam mais algumas pessoas que estavam na portaria. O estudante de Direito, Caio Cardoso da Silveira, de 22 anos, passava pela portaria para ir com o pai até a padaria, quando foi rendido. “Ele me perguntou em que apartamento eu morava. E eu disse que era na cobertura, ele então encaminhou eu, meu pai e mais algumas pessoas rendidas na portaria até lá”, explicou.
Além de Caio, a mãe dele, um irmão e um amigo estavam no apartamento, e junto com os outros reféns, foram amarrados. ”Eram três criminosos na minha casa. Um deles pediu que eu amarrasse os moradores, pegamos lençóis e os amarramos. Haviam dois bebês e dois idosos, entre os reféns. Ele dizia: vou matar sua mãe na sua frente, depois vou matar você”, contou a vítima.

Caio disse que um dos suspeitos recebia telefonemas durante o assalto, e que o ajudou a recolher objetos de valor que estavam em sua casa, como computadores e televisões. “Depois que eu ajudei a recolher as coisas, ele falou que a gente ia descer e fomos pela escada. Ele me feriu com uma faca de cozinha na mão e na perna e eu estava com um lençol amarrado na boca”, relatou.

Ao chegar no segundo andar, Caio teria se deparado com alguns policiais que já haviam sido chamados. A partir daí, aconteceu uma perseguição e Caio conseguiu se esconder no play. O confronto entre criminosos e a polícia aconteceu na portaria do prédio, e um dos vidros do carro dos suspeitos, que estava estacionado em frente ao edifício, foi atingido.

Fuga e pânico
Após a troca de tiros com a polícia, alguns suspeitos conseguiram fugir a pé do lugar. A partir daí, eles roubaram uma caminhonete, e em seguida abandonaram o veículo. Logo a frente, roubaram um Gol verde, e na Rua São Miguel, ainda na Tijuca, sequestraram o motorista de um Siena Preto para que ele os guiasse.

Um dos criminosos, no entanto, permaneceu no prédio por cerca de cinco horas. Policiais que vasculhavam o edifício em busca de pistas dos criminosos que cometeram o crime, informaram que um dos suspeitos teria ficado escondido no elevador.

Os policiais informaram que o elevador havia sido desligado para impedir a circulação de pessoas enquanto a varredura acontecia. A PM estava no prédio desde às 11h30 da manhã.

Às 16h30, o suspeito tentou deixar o prédio, mas foi reconhecido por moradores. A partir de então, aconteceu uma intensa troca de tiros para capturá-lo. Algumas quadras à frente, o suspeito invadiu um outro prédio, sendo preso alguns minutos depois. Segundo a polícia, ele possui quatro passagens por roubo. Desta vez, foi indiciado por roubo e tentativa de homicído, já que atirou contra os policiais quando invadiu o segundo prédio para tentar fugir.

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