Fonte: O Dia Online
Estádio terá quatro novas passarelas de acesso, 16 elevadores e arquibancadas unificadas. Torcedores terão boa visibilidade dos jogos sentados. Serão 231 banheiros
Lona dura 50 anos e protege torcedores de chuva e calor | Foto: Divulgação do Governo do Estado
A obra, prevista inicialmente em R$ 705 milhões, agora é orçada em R$ 957 milhões. O aumento foi justificado pela necessidade de substituir a cobertura existente. No local do concreto, que está sendo demolido desde segunda-feira, serão instaladas lonas fixas.
Serão construídas quatro novas passarelas de acesso e em 8 minutos a pessoa deve estar fora do estádio. As arquibancadas superior e inferior serão unificadas, e na lateral do campo o torcedor vai ficar a 12 m do campo. A parte inferior, onde ficavam as cadeiras azuis, será elevada em cerca de 5 metros. O padrão de visibilidade determina que todos os espectadorespossam enxergar sobre a cabeça do torcedor sentado duas fileiras à frente.
O estádio vai ganhar 231 banheiros, 60 bares, 16 elevadores e 12 escadas rolantes. As áreas para estacionamento ainda não estão definidas, mas está sendo estuda a utilização de quatro terrenos, que ficam no máximo a 4 km do estádio. Uma passarela ligando a Quinta da Boa Vista ao Maracanã também é estudado. O estádio terá capacidade para 78.639 torcedores, com 860 alto-falantes, 314 câmeras de segurança, 360 monitores de TV, quatro telões e 36 mil m² de área refrigerada. A construção de um túnel de acesso ao campo, além da readequação dos quatro existentes, também estão entre as novidades.
Declarações do governo irritam especialista espanhola
Especialista em durabilidade de construções, a espanhola María del Carmen Andrade ficou irritada com as declarações do governo do estado de que teria recomendado a demolição da cobertura do Maracanã. Ela voltou a afirmar que a marquise poderia ser recuperada: a derrubada do teto era apenas uma outra opção.
Segundo a especialista, que visitou o Maracanã em janeiro, as inspeções feitas na reforma anterior do estádio não detectaram sinais de corrosão nas marquises. O problema agravou a situação do teto. “Apontei soluções com possibilidades que não alterariam a aparência do estádio”, disse.
Para comprovar a necessidade de demolir a estrutura, o presidente da Empresa de Obras Públicas do Estado do Rio de Janeiro (Emop), Ícaro Moreno, levou um pedaço de concreto danificado para a reunião com o TCU. Há duas semanas, o ‘Informe do DIA’ revelou que o tombamento do estádio protegia toda a construção, não apenas a parte externa. Lei federal proíbe demolir, destruir ou mutilar bem tombado. Hoje, Moreno prestará esclarecimentos ao Ministério Público Federal sobre a demolição. Projeto original previa apenas a complementação do teto.
Captação de água da chuva
O projeto prevê o uso de dispositivos economizadores de água e a implantação de um sistemade captação de água de chuva, resultando em uma economia de 50% no que se refere à irrigação do gramado.
Além disso, um moderno sistema de iluminação ajudará a reduzir o consumo de energia em 6%. Para oferecer maior conforto, serão construídos 110 camarotes. Já o gramado será mais resistente e adequado ao clima brasileiro.
Reportagem de Fernanda Alves e Mahomed Saigg
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