28 de jun. de 2011

Com refeição mais cara, marmitas voltam à cena

Fonte: O Dia Online


Prato a preço médio em torno de R$ 31 faz cariocas levarem comida pronta para o trabalho, alternativa que ganhou força com os hábitos de alimentação saudável

POR AURÉLIO GIMENEZ
Rio - Com o preço da alimentação fora de casa cada vez mais elevado, o uso da marmita volta a ser opção para muitos brasileiros. Conforme pesquisa recente da Companhia Brasileira de Soluções e Serviços (CBSS), administradora de cartões de alimentação, o valor médio da refeição na Cidade do Rio é de R$ 31,02, custo mais alto do País. No mesmo levantamento, Brasília ficou em segundo lugar, com média de R$ 30,21, e Niterói em terceiro, R$ 29,82. Maior cidade brasileira, São Paulo aparece na quarta posição, com R$ 29,42. 
“O Rio de Janeiro torna-se uma cidade cada vez mais cara. Todos os índices de inflação captam isso, o que se reflete também na alimentação”, destaca Luis Filipe Rossi, professor de Microeconomia e Finanças do Ibmec Rio.Segundo ele, o uso da marmita por parte dos trabalhadores pode ser uma alternativa para escapar aos altos valores nos restaurantes. “Comer em casa ficou extremamente mais barato”, observa.A nutricionista Ana Maria Gonçalves ressalta que, além de aliviar o aperto no orçamento mensal, outra vantagem da comida caseira é praticar uma alimentação mais saudável. A especialista aposta até que esse comportamento é uma tendência.‘Arroz com feijão é o ideal de marmita’Professora de Gastronomia e Nutrição do Centro Universitário IBMR, Ana Maria Gonçalves explica que o prato mais brasileiro, arroz com feijão, é o ideal para compor uma marmita, acrescida de uma hortaliça e uma proteína — ovo, por exemplo. Segundo ela, para evitar a contaminação, é fundamental saber conservar: deve-se manter a comida, no máximo, seis horas na marmita e acondicionada em geladeira. Ana Maria diz que o alimento precisa ser aquecido no forno, no micro-ondas ou em banho-maria: “Segurança alimentar é prioridade”.Alumínio, plástico ou isoporEMBALAGEMNa Ding Show, no Mercadão de Madureira, o cento da marmita de alumínio redonda 750 miligramas sai por R$ 16,90. Já a quadrada, com 700 gramas, custa R$ 32, a caixa com 100 embalagens, ou R$ 3,40, a caixa com 10. Na Sigo Embalagens, a de 750 miligramas quadrada sai por R$ 33, o cento. DO FREEZER AO MICRO-ONDASA embalagem plástica pode ir direto da geladeira para o aquecimento. Na Ding Show, a caixa com 24 unidades de um pote de 500 miligramas sai por R$ 10,90, e o de 750 miligramas custa R$ 18, a caixa com 24 unidades. Já o cento da marmitex de isopor de 750 miligramas sai, em média, por R$ 45.AQUECIMENTONutricionista, Ana Maria diz que todas as atuais marmitas — em alumínio, plástico ou isopor — são indicadas para acondicionar o alimento. Segundo ela, o mais importante é o aquecimento da comida que, preferencialmente, deve ser fora dos compartimentos. “O ideal é aquecer no próprio prato”.De lupaPROGRAMA DE ALIMENTAÇÃO DO TRABALHADOR — De acordo com a Associação das Empresas de Refeição e Alimentação (Assert), em 2010, mais 900 mil trabalhadores ingressaram no Programa de Alimentação do Trabalhador. PRATO FEITO — O tradicional prato feito ou comercial é o que mais subiu de 2010 para 2011: passou, em média, de R$ 15,71 para R$ 20, um aumento de quase 30%. A média do tíquete- refeição das empresas é de R$ 10, segundo a Assert.

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