Entre os presos estão dois vereadores e 13 PMs. As milícias são grupos armados que ameaçam moradores e controlam a comunidade cobrando taxas das famílias.
Uma casa de luxo era um dos endereços da família acusada de comandar o grupo criminoso. O chefe da milícia, segundo as investigações, é vereador de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.
Jonas Gonçalves da Silva tem o nome lembrado em vários cantos do bairro. Dois filhos do político, um PM recém formado e um ex-policial, também são acusados de participar do bando.
Um outro vereador da cidade, Sebastião da Silva, o Chiquinho Grandão, também foi preso na operação.
A polícia esteve também na Câmara de Vereadores de Caxias para vasculhar o local de trabalho dos políticos em busca de provas. Os investigadores acreditam que os gabinetes eram usados como escritórios do crime.
“Se utilizavam certamente do cargo deles, a máscara de representantes do povo pra acessar os níveis mais variados de instituições públicas pra tentar manter a quadrilha impune”, declara Alexandre Capote, delegado.
Segundo os policiais, o grupo atua em Caxias há pelo menos três anos. Cobra pela segurança dos moradores e explora serviços de tv a cabo e internet.
Os criminosos também são acusados de cometer assassinatos e torturas. Agora, podem ter que responder por outro crime: o fornecimento de armas para traficantes que dominavam o complexo do alemão, como revela esta escuta telefônica autorizada pela Justiça.
- Eu fui no complexo do alemão. Aí eu fui e não deu certo para pegar um dinheiro dele lá.
- É mesmo, é?
- é, o policial vendeu munição, fuzil.
- É mesmo, é?
- é, o policial vendeu munição, fuzil.
Todos os presos negam as acusações e dizem que só vão falar em juízo.
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