Rio de Janeiro, 21 dez (Lusa/TVS) – No seu último discurso de despedida no Rio de Janeiro antes de deixar a Presidência da República, Lula da Silva criticou o legado de empobrecimento e exaltou as ações em favelas e investimentos feitos naquela cidade.
“Não existe nada impossível na face da Terra quando a gente quer fazer. As décadas de 60, 70, 80 e 90, foram as décadas em que os governantes viram o Rio empobrecer e os pobres a ocupar espaços inadequados. As favelas ficaram tão lotadas de gente que aquilo que era poético passou a ser dramático”, declarou Lula da Silva.
O Presidente brasileiro esteve hoje no Complexo do Alemão para ser o primeiro a andar de teleférico naquela comunidade pacificada pelas forças de segurança e depois falou ao vivo para centenas de moradores que o aguardavam para se despedirem de Lula.
Segundo informações oficiais, a cidade do Rio recebeu do Governo federal, nos últimos dois anos, 2,234 mil milhões de reais (quase mil milhões de euros).
“Estamos a dar liberdade e autoestima ao povo do Rio, das favelas da Rocinha e do Alemão. Essa cidade tem que voltar a receber o nome de cidade maravilhosa. O poder público não é algo distante, acho que nós iremos pacificar todas as favelas do Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo, e o Brasil será efetivamente um outro país”, exortou Lula da Silva.
O Chefe de Estado está no Rio desde segunda-feira, dia em que lançou a pedra fundamental da nova sede da União Nacional dos Estudantes (UNE) destruída no período da ditadura militar.
Durante a noite, o Presidente compareceu à entrega do Prémio Brasil Olímpico, promovido anualmente pelo Comité Olímpico Brasileiro (COB) para homenagear os melhores atletas do ano. Lula foi ainda homenageado numa grande festa para 50 mil pessoas no Sambódromo.
A festa de despedida foi financiada pelo Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) e aconteceu na noite de segunda-feira, na famosa passarela do samba na cidade do Rio com artistas brasileiros.
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