18 de abr. de 2011

Onze dias após ataque em Realengo, alunos começam a retomar rotina

Fonte: G1 / RJ


Nos primeiros dias, previsão é de que eles tenham apenas atividades lúdicas.
Aulas deverão ser repostas gradativamente em até três semanas.

Do G1 RJ
Escola, Realengo, pintura (Foto: Bernardo Tabak/G1)
Voluntário ajuda na pintura do muro da escola onde
ocorreu o massacre de Realengo (Foto: Bernardo
Tabak/G1)
Alunos da Escola municipal Tasso da Silveira, em Realengo, na Zona Oeste do Rio, onde 12 crianças morreram baleadasno dia 7 de abril por Wellington Menezes de Oliveira, de 24 anos, retornam ao local a partir das 13h desta segunda-feira (18) para readaptação.
Nos primeiros dias, a previsão é de que eles participem apenas de atividades lúdicas, como arteterapia e pintura e poesia, para aliviar o trauma provocado pelo crime. As aulas deverão ser retomadas gradativamente em até três semanas.
“No início, pensamos em fazer uma cerimônia de reinvenção da escola, mas os psicólogos sugeriram evitar a superexposição das crianças e fazer um trabalho mais individualizado, permitindo o retorno seja por grupo, de uma forma gradativa”, explicou a secretária municipal de Educação, Cláudia Costin, na semana passada.

Na manhã do último sábado (16), cerca de 50 ex-alunos e voluntários se reuniram para pintar de branco o muro da escola. A iniciativa partiu do projeto “Mãos que Ajudam”, da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, que conseguiu recursos junto à prefeitura para comprar a tinta, pincel e lanche para os voluntários. A parte interna da escola também será pintada, com cores vivas, por profissionais voluntários do projeto.
O prefeito Eduardo Paes já confirmou que vai indenizar as famílias das 12 crianças mortas. O crime deixou também outras 12 crianças feridas, mas o órgão não decidiu se elas também serão beneficiadas.
“A prefeitura resolveu que vai indenizar as famílias que perderam seus entes queridos. Essas famílias passaram por um sofrimento que é indescritível, que nada compensa, nada resolve. É uma perda irreparável, mas a gente entende que algum tipo de indenização deve ser discutido”, afirmou Paes na sexta-feira (15).
O prefeito explicou que já entrou em contato com o defensor público geral do estado e o procurador geral do município para tratar dos critérios técnicos e calcular o valor da indenização. A data do pagamento também ainda não foi definida.

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