Fonte: G1 Rio de Janeiro
Invasores despejados serão acompanhados por assistentes sociais.Despejo em condomínios de Campo Grande prossegue nesta sexta.
A Secretaria municipal de Assistência Social cadastrou 21 famílias de invasores do Condomínio Ferrara, em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio, que foram despejadas numa operação da Prefeitura na quinta-feira (26). Duas famílias foram encaminhadas a um abrigo da Prefeitura em Santa Cruz e outras duas foram levadas a casas de parentes. As famílias foram cadastradas para receberem o aluguel social de R$ 400 e serem incluídas no programa Minha Casa, Minha Vida.
A assessoria da Secretaria informou ainda que essas pessoas serão acompanhadas e incluídas em outros projetos sociais de Educação e Saúde, conforme a necessidade de cada uma. Desde a quinta-feira (26), seis agentes da Secretaria de Assistência Social estão no Centro Esportivo Miécimo da Silva, em Campo Grande, cadastrando as famílias despejadas dos condomínios da Estrada dos Caboclos, naquele bairro.
Despejos em outros condomínios
O despejo de invasores, que ocuparam casas do programa Minha Casa, Minha Vida, prossegue nesta sexta-feira (27) nos condomínios vizinhos ao Ferrara: Treviso e Terni. Os agentes da Prefeitura, com apoio da Polícia Militar e da Polícia Federal, começaram a operação pelo condomínio Terni, onde já identificaram invasores, mas em número bem menor que no Ferrara. Não foram registrados tumultos. Segundo o secretário municipal de Habitação, Jorge Bittar, tudo indica que não há invasores no condomínio Treviso, mas, mesmo assim, os moradores terão que mostrar a documentação relativa à propriedade dos imóveis.
Despejo em fase final
Segundo a assessoria da Secretaria de Habitação, o despejo no Ferrara, onde 143 das 262 casas estavam ocupadas por moradores em sitação irregular, está em fase final, com a retirada dos últimos pertences. Esses invasores teriam chegado ao local por intermédio de grupos milicianos, que teriam lhes vendido as casas. O secretário confirmou que tem recebido denúncias de moradores em situação regular sobre a ação de grupos armados no local, intimidando as pessoas e ameaçando-as de expulsão.
As casas dos três condomínios foram construídas para acolher desabrigados das chuvas de fevereiro. Mas muitos moradores, ao chegarem às casas, já as econtraram ocupadas. Apesar dos protestos dos moradores, não houve tumulto na quinta-feira (26). Alegando não terem para onde ir, muitos recusaram o apoio da Prefeitura e colocaram seus pertences na calçada em frente ao condomínio para passar a noite e esperar os acontecimentos.
A Secretaria de Habitação informou que vai agora iniciar a vistoria das casas que foram liberadas e recuperá-las o mais rapidamente para entregá-las aos verdadeiros donos.
Policiais militares do 40º BPM passaram a noite no local e ainda continuam lá reforçando o policiamento. Segundo a PM, não houve incidentes durante a noite e madrugada. O batalhão também está apurando as denúncias de atuação de grupos de milicianos nos condomínios.
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