Fonte: G1 Rio de Janeiro
Irmão disse ter visto o garoto baleado na comunidade; PMs negam.
A Polícia Militar investiga se PMs têm algum envolvimento no desaparecimento do menino Juan, de 11 anos, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. A mãe do menino, a dona de casa Rosinéia de Moraes, não larga mais a foto do filho, na esperança que alguém o encontre. A criança sumiu na última segunda-feira (20), durante uma troca de tiros entre criminosos e policiais militares, na favela Danon, onde mora.
No tiroteio, um homem apontado pela polícia como traficante foi morto. Em depoimento na 56ª DP (Comendador Soares), os três PMs do 20º BPM (Mesquita) que participaram da ação na favela disseram não ter visto Juan no local do tiroteio. No entanto, os policiais afirmaram que viram o irmão do menino, Wesley, de 14 anos, que foi ferido por uma bala perdida no confronto.
“Segundo a mãe deles, o Wesley - que foi o menino baleado de 14 anos - disse que viu o irmão baleado na localidade, mas segundo os policiais militares, eles não viram o Juan na localidade”, disse o delegado da 56 ª DP (Comendador Soares), Rafael Ferrão, que está à frente das investigações.
A Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) pediu à Polícia Civil proteção para o irmão, que atua como testemunha no caso. A Polícia Civil informou que concordou com o pedido e vai conceder proteção ao adolescente, que ainda está no hospital.
Os policiais responsáveis pelas investigações pretendem ouvir testemunhas do tiroteio para saber exatamente o que aconteceu na comunidade Danon.
O pai de Juan, emocionado, diz que não aguenta mais ficar sem uma resposta. “Estou procurando, ou morto ou vivo, eu tenho que ver o meu filho. Ainda tenho esperança”, desabafou o eletricista Alexandre da Silva.
A mãe do menino também contou que está sofrendo com o desaparecimento do filho. “Não estou aguentando chorar mais, parece que tá tapando o pulmão, está tapando tudo. Não estou aguentando mais”, falou Rosineia.
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