Megaoperação neste domingo não teve confrontos.
Grande quantidade de drogas foi apreendida.
"Hoje se conseguiu devolver um território à população sem nenhum disparo e sem ferir ninguém, o que pra nós é o mais importante. A polícia chega para ficar, abrindo uma janela de oportunidades para que efetivamente se consolide a segurança pública", disse o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, em coletiva à imprensa após o fim da megaoperação, neste domingo (19), noMorro da Mangueira, na Zona Norte do Rio.
O trabalho, coordenado pela Secretaria de Segurança do Rio, contou com o uso de aparelhos de GPS instalados nas viaturas da PM e em 70 rádios transmissores usados por policiais, que facilitaram a comunicação dos agentes com as equipes que ficaram num centro de operações montado na 111ª Cia. de Apoio de Material Bélico, próximo ao local.
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"A reciclagem de parte dos aparelhos começou na última quinta (16). Não conseguimos fazer isso em todos. Foi um teste. Funcionou bem. Esses aparelhos foram utilizados exatamente para termos mais uma ferramenta de gestão e sabermos a movimentação dos policiais no terreno. Assim a gente procura progredir sempre no sentido de otimizar as ações da polícia, com menor trauma possível para a população", explicou o secretário.
Beltrame também adiantou como será feito o trabalho da polícia no território recém-ocupado. "Vamos capilarizar policiais em áreas que o planejamento aponta como estratégicos. A partir disso, e feito o cerco na circunferência desta área, começa, com muita calma e cautela, o trabalho de vasculhamento. Obviamente que a gente conta e pede o apoio da população".
O secretário afirmou ainda que o deslocamento de bandidos do morro para outras regiões da cidade é uma reação que os deixará "vulneráveis". "O espaço de atuação deles diminui, pois deixam de atuar em áreas onde tinham um domínio. A polícia, atenta, vai atrás e passa a trabalhar sem traumas: com a possibilidade de investigar e fazer prisões", comentou Beltrame, que destacou: "Preferimos mil vezes ocupar uma área num propósito de pacificar sem disparar tiros, sem baixas e com o compromisso permanente de ir atrás desses bandidos do que entrar em outra situação e colocar a população em risco".
A operação
A Polícia Civil do Rio divulgou na noite deste domingo (19), o balanço parcial da operação de ocupação no Morro da Mangueira. Até as 20h deste domingo, a 17ª DP (São Cristóvão) registrou as seguintes apreensões: 32 veículos recuperados, 300 trouxinhas de maconha, 35 quilos de maconha, 2.504 papelotes de cocaína, 8 tabletes de maconha, 1 tablete de crack, 1.374 pedras de crack, 3 cheirinhos da loló, 2 carregadores de pistola taurus, 1 radiotransmissor, 1 réplica de fuzil e vasto material para endolação. Além disso, foram 2 presos (um em flagrante com drogas e outro por cumprimento de mandado de prisão por tráfico de drogas) e 2 menores detidos (flagrante com drogas). Não houve registro de confrontos.
A operação começou às 6h e contou com a participação de 750 pessoas, entre elas cerca de 400 policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope), Batalhão de Choque, Companhia de Cães, Grupamento Aéreo e 14º BPM (São Cristóvão). As equipes tiveram também o apoio de quatro helicópteros, sendo dois blindados - um deles equipado com câmera com sensor térmico e infravermelho, das polícias Civil e Militar, outras 14 viaturas blindadas das polícias e dos Fuzileiros Navais, além de caminhões, motos, ônibus, ambulâncias, reboques e outros veículos.
Entre os blindados, o anfíbio Lagarta M-113, capaz de derrubar barreiras de concreto e ferro, colocadas pelos traficantes, foi usado para transportar parte da força de ocupação ao alto dos morros. Segundo a PM, ele tem capacidade para levar até 12 pessoas de uma vez e possui uma metralhadora calibre .50, com poder para derrubar até aeronaves.
A Polícia Civil do Rio divulgou na noite deste domingo (19), o balanço parcial da operação de ocupação no Morro da Mangueira. Até as 20h deste domingo, a 17ª DP (São Cristóvão) registrou as seguintes apreensões: 32 veículos recuperados, 300 trouxinhas de maconha, 35 quilos de maconha, 2.504 papelotes de cocaína, 8 tabletes de maconha, 1 tablete de crack, 1.374 pedras de crack, 3 cheirinhos da loló, 2 carregadores de pistola taurus, 1 radiotransmissor, 1 réplica de fuzil e vasto material para endolação. Além disso, foram 2 presos (um em flagrante com drogas e outro por cumprimento de mandado de prisão por tráfico de drogas) e 2 menores detidos (flagrante com drogas). Não houve registro de confrontos.
A operação começou às 6h e contou com a participação de 750 pessoas, entre elas cerca de 400 policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope), Batalhão de Choque, Companhia de Cães, Grupamento Aéreo e 14º BPM (São Cristóvão). As equipes tiveram também o apoio de quatro helicópteros, sendo dois blindados - um deles equipado com câmera com sensor térmico e infravermelho, das polícias Civil e Militar, outras 14 viaturas blindadas das polícias e dos Fuzileiros Navais, além de caminhões, motos, ônibus, ambulâncias, reboques e outros veículos.
Entre os blindados, o anfíbio Lagarta M-113, capaz de derrubar barreiras de concreto e ferro, colocadas pelos traficantes, foi usado para transportar parte da força de ocupação ao alto dos morros. Segundo a PM, ele tem capacidade para levar até 12 pessoas de uma vez e possui uma metralhadora calibre .50, com poder para derrubar até aeronaves.
Por volta das 10h40, policiais chegaram ao alto do morro. Na localidade conhecida como Caixa D´Água, no Morro dos Telégrafos, que pertence à Mangueira, foram hasteadas duas bandeiras - uma do Brasil e outra do estado do Rio - que marcaram a retomada do território pela polícia.
Para o coronel Pinheiro Neto, que tem 27 anos de Polícia Militar, os agentes cumpriram seu papel. “O sentimento é de que o dever está sendo cumprido. A comunidade está receptiva à polícia, o que é significativo, e uma nova página do Rio de Janeiro está sendo cumprida com pacificação do Morro da Mangueira”.
Comércio aberto
Durante toda a manhã, o comércio no morro funcionou normalmente, com bancas de jornais e padarias abertas para atender os moradores. Por volta das 8h45, um caminhão da Comlurb fazia a coleta de lixo na região. Pelas ruas do bairro o clima foi de tranquilidade, mas, com medo de futuras represálias, moradores evitaram falar com a imprensa.
Durante toda a manhã, o comércio no morro funcionou normalmente, com bancas de jornais e padarias abertas para atender os moradores. Por volta das 8h45, um caminhão da Comlurb fazia a coleta de lixo na região. Pelas ruas do bairro o clima foi de tranquilidade, mas, com medo de futuras represálias, moradores evitaram falar com a imprensa.
Homens da Delegacia de Roubos e Furtos de Automóveis (DRFA) usaram guinchos e reboques para retirar veículos suspeitos do morro. Já a Secretaria municipal de Obras foi ao local checar denúncias de obras irregulares, enquanto a Vigilância Sanitária fazia inspeções no comércio da área. Agentes da Polinter usaram laptops para checar se os suspeitos detidos estão no banco de dados da polícia. Os detidos com passagem pela polícia foram levados para um centro de triagem montado no colégio Adolfo Bloch.
Além da Mangueira, as comunidades Morro dos Telégrafos, Candelária e Tuiuti também foram ocupadas. Quando inaugurada, a 18ª UPP fechará um conjunto de favelas que compreende todo o Complexo da Tijuca. Após a inauguração, 315 mil pessoas serão beneficiadas diretamente e cerca de 1,5 milhão indiretamente.
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