Fantasia para crianças é uma alusão ao uniforme dos policiais do Bope.
Modelo já esgotou na maioria das lojas da Saara, no Centro do Rio.
Boina, colete preto e uma caveira estampada no peito. Essas peças fazem parte da fantasia “Força Pacificadora”, que virou a nova sensação entre os cariocas para o carnaval deste ano. A roupa é uma alusão à farda dos policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope), que atuaram na instalação das 14 Unidades de Polícia Pacificadoras (UPPs) espalhadas pelo Rio de Janeiro.
Em meio a palhaços, odaliscas e piratas, a “farda" chama a atenção nas vitrines. Não é para menos. A novidade surgiu três meses após a ocupação do Conjunto de Favelas do Alemão, na Zona Norte do Rio. Além disso, a moda embarca no filme “Tropa de Elite 2”, que bateu recorde em 2010.
A fantasia pode ser encontrada tanto para os meninos, quanto para as meninas, de 1 a 12 anos. No modelo feminino, a bermuda preta é substituída por uma saia da mesma cor.
Em uma loja especializada em roupas infantis na Tijuca, também na Zona Norte, a procura pela “fantasia do Bope”, como ficou conhecia, é tanta que já não há modelos no estoque. Segundo a gerente Adriana Lima, de 33 anos, por dia, são vendidas cerca de dez “fardas”. Os garotos ainda são os que mais procuram, mas ela ressaltou que meninas também aderiram à nova moda.
“As meninas ainda estão um pouco tímidas. Elas entram na loja, olham para as fantasias de odaliscas e de bailarina e, quando olham para a fantasia do Bope, elas se amarram e acabam levando. Nós começamos a vender esse modelo no início de fevereiro e não paramos mais de receber pedidos. Sempre que chega uma nova remessa, acaba na mesma hora”, disse.
A dona de casa Elaine Cristina, de 32 anos, entrou na loja com a intenção de comprar uma roupa de pirata para o filho, Gabriel, de 4 anos, e saiu com a reserva de uma fantasia da “Força Pacificadora”. Ao experimentar o modelo, o menino aprovou e disse para mãe que aquela seria a sua fantasia para o bailinho da escola. Elaine não teve escolha e comprou a fantasia.
“Não esperava encontrar essa fantasia aqui. É interessante, apesar de eu preferir as roupas mais tradicionais. Mas é diferente e meu filho gostou muito, o que é mais importante. Ele tem que se sentir bem. Faço questão que ele escolha as suas fantasias. Vamos voltar para tentar ver se a gente consegue um modelo”, disse Elaine.
“As meninas ainda estão um pouco tímidas. Elas entram na loja, olham para as fantasias de odaliscas e de bailarina e, quando olham para a fantasia do Bope, elas se amarram e acabam levando. Nós começamos a vender esse modelo no início de fevereiro e não paramos mais de receber pedidos. Sempre que chega uma nova remessa, acaba na mesma hora”, disse.
A dona de casa Elaine Cristina, de 32 anos, entrou na loja com a intenção de comprar uma roupa de pirata para o filho, Gabriel, de 4 anos, e saiu com a reserva de uma fantasia da “Força Pacificadora”. Ao experimentar o modelo, o menino aprovou e disse para mãe que aquela seria a sua fantasia para o bailinho da escola. Elaine não teve escolha e comprou a fantasia.
“Não esperava encontrar essa fantasia aqui. É interessante, apesar de eu preferir as roupas mais tradicionais. Mas é diferente e meu filho gostou muito, o que é mais importante. Ele tem que se sentir bem. Faço questão que ele escolha as suas fantasias. Vamos voltar para tentar ver se a gente consegue um modelo”, disse Elaine.
Sem estoque
Em outro ponto da cidade, no principal polo de comércio popular do Rio, a Saara (Sociedade de Amigos e Adjacências da Rua da Alfândega), o quadro não é diferente. A fantasia já se esgotou na maioria das lojas. Em uma delas, dois manequins com as pequenas “fardas” disputam a atenção dos clientes com super-heróis e personagens de desenho animado.
“Não consegui achar a fantasia em lugar nenhum. Quero levar uma para homenagear o meu pai, que é policial militar aposentado. Minha filha adorou”, afirmou a médica Suely Cardoso dos Santos, de 39 anos.
A confiança na polícia, aliás, também é tida pela gerente Ana Lúcia Barbosa como uma das explicações para a grande procura. Ela afirmou que uma fantasia semelhante também foi vendida em 2008, mas não vendeu tanto como neste ano. De acordo com a gerente, a loja chega a vender cerca de 35 fantasia “Força Pacificadora” por dia.
“O povo está de bem com a polícia do Rio, e isso se reflete nas vendas da fantasia, como aconteceu com o caveirão (blindado do Bope) de brinquedo no Natal. Entre todas as fantasias, é ela a que mais vende. Os pais se amarram, eles adoram porque sai um pouco do tradicional. Ainda mais se tiver alguém da família que é militar”, afirmou Ana Lúcia.
Bichos e super-heróis
“Não consegui achar a fantasia em lugar nenhum. Quero levar uma para homenagear o meu pai, que é policial militar aposentado. Minha filha adorou”, afirmou a médica Suely Cardoso dos Santos, de 39 anos.
A confiança na polícia, aliás, também é tida pela gerente Ana Lúcia Barbosa como uma das explicações para a grande procura. Ela afirmou que uma fantasia semelhante também foi vendida em 2008, mas não vendeu tanto como neste ano. De acordo com a gerente, a loja chega a vender cerca de 35 fantasia “Força Pacificadora” por dia.
“O povo está de bem com a polícia do Rio, e isso se reflete nas vendas da fantasia, como aconteceu com o caveirão (blindado do Bope) de brinquedo no Natal. Entre todas as fantasias, é ela a que mais vende. Os pais se amarram, eles adoram porque sai um pouco do tradicional. Ainda mais se tiver alguém da família que é militar”, afirmou Ana Lúcia.
Bichos e super-heróis
Na falta da “fantasia do Bope”, os pais recorrem a um plano B. Na maioria das lojas da Saara, a procura pelas roupas do super-herói “Ben 10” e dos animais do desenho animado “Os Backyardigans” também é grande. De acordo com Cátia Carvalho, subgerente de uma loja de festa, o estoque é reposto toda semana.
“Os pais geralmente procuram fantasias originais, mais leves e que não sufocam muito. Os personagens de desenho animado são muito procurados. Mas todos os dias aparece alguém procurando pela fantasia do Bope, que sempre acaba rápido”, disse Cátia Carvalho.
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