7 de abr. de 2011

Alerj convoca presidente da Light

Fonte: O Dia Online


MP pede prazo de 24 horas para Light fornecer lista dos bueiros com risco de explosão

POR FRANCISCO EDSON ALVES
Rio - A Comissão Permanente de Obras da Assembleia Legislativa (Alerj) convocou, ontem, o presidente da Light, Jerson Kellman, para explicar problemas na prestação de serviços em audiência pública marcada para hoje, às 14h, no auditório Nelson Carneiro, prédio anexo da Casa. “Precisamos saber que tipos de problemas a empresa está enfrentando e até que ponto as pessoas estão sujeitas a sofrerem acidentes por conta disso”, comentou o deputado Pedro Fernandes.
Foto: Fábio Gonçalves / Agência O Dia
Explosão de bueiro da Light na última sexta-feira deixa cidade em alerta | Foto: Fábio Gonçalves / Agência O Dia
O vereador Rubens Andrade (PL) apresentou, ontem, projeto de lei que proíbe a utilização dos espaços em calçadas onde existam tampas de galerias de concessionárias de gás, luz, água, esgoto e TV a cabo. A proposta prevê, ainda que estacionamentos com vagas em cima de bueiros recebam sinalização de ‘proibido estacionar’. O não cumprimento da legislação implicaria em aplicação de multas, que poderiam ir de R$ 100 a R$ 500.

Ação do MP e críticas do vice-governador

A 2ª Promotoria de Defesa do Consumidor do Ministério Público Estadual (MP)Ministério Público pediu ontem à Justiça que estabeleça um prazo de 24 horas para a Light e a Companhia Estadual de Gás (CEG) fornecerem a relação de câmaras subterrâneas com risco de explodir. A medida é consequência de ação coletiva proposta pelo promotor Rodrigo Terra contra as concessionárias. Ontem, o vice-governador e secretário estadual de Obras, Luiz Fernando Pezão, classificou como crime a forma como a Light lidou com o setor de manutenção da empresa ao longo dos anos.

Ao darem os endereços dos bueiros com risco de ‘entrar em erupção’, as empresas terão 30 dias para fazer os reparos necessários. A Light informou, um dia após um bueiro explodir na Av. Nossa Senhora de Copacabana, na sexta-feira, que 130 bueiros do Rio estão sem manutenção. O MP pede ainda que a Light e a CEG paguem multa de R$ 1 milhão cada por bueiro que explodir após o período.

“Estamos dando tempo razoável para que as empresas forneçam as informações e façam os reparos. A população não pode conviver com riscos de explosões e não ser informada sobre os locais com probabilidade de acidentes”, justificou Rodrigo Terra.

CRÍTICAS A GESTÕES DA LIGHT

Em entrevista à Rádio Tupi, Pezão, fez duras críticas a antigas administrações da Light. “Foi um crime o que fizeram”, afirmou Pezão, sobre demissão em massa de funcionários especializados em manutenção para a contratação de firmas terceirizadas.

De manhã, agentes da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA) e peritos do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) fizeram vistoria no bueiro que explodiu na sexta. “Fotografamos e coletamos resquícios de óleos para saber se a empresa usava ascarel (que causa câncer e é proibido desde os anos 80). Quero saber ainda se a concessionária tem licença ambiental para operar, caso o bueiro funcione como subestação”, ressaltou o delegado Fábio Pacífico. O resultado da análise sai em até 30 dias.

A Light só se pronunciará quando for notificada. Em nota, ressalta que o bueiro que explodiu não é uma subestação e que não usa óleo ascarel em suas instalações. A assessoria da CEG garantiu que não compartilha galerias com nenhuma empresa e que suas instalações subterrâneas estão sendo modernizadas.

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