6 de abr. de 2011

Sem acordo, Alerj não vota piso regional

Fonte: O Dia Online


Reunião entre trabalhadores e patrões não chega a consenso. Deputados adiam a votação das 89 emendas do projeto, que fixa o índice de reajuste para 2011

POR AURÉLIO GIMENEZ
Rio - Os dois milhões de trabalhadores fluminenses terão que aguardar, pelo menos, mais uma semana para saber qual será o índice de reajuste do piso regional de 2011. Programada para ocorrer ontem à tarde na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), a votação que definiria o percentual foi, estrategicamente, retirada de pauta para evitar que empregados obtivessem apenas os 6,86% de aumento, proposto pelo governo do estado.

Tudo isso porque patrões e funcionários não chegaram a acordo sobre um índice maior do que a mensagem do Executivo. Promovido pelo presidente da Alerj, deputado Paulo Melo (PMDB), com a participação dos líderes partidários, representantes das centrais sindicais e do patronato, o encontro de ontem era para analisar as 89 emendas ao projeto, cujas as principais alterações elevavam o índice para 9,86% ou 11,36%. Mas não houve êxito.

REUNIÃO COM SECRETARIADO

Para defender a posição do governo, a reunião também teve a presença do secretário daCasa Civil, Regis Fichtner, do Trabalho, Sérgio Zveiter, e da subsecretária de Desenvolvimento Econômico, Renata Cavalcanti. Após uma hora e meia de debates, os trabalhadores, que defendem o índice de 11,36%, saíram frustrados.

O líder do governo, deputado André Corrêa (PPS), disse que a proposta do Executivo é realista e que apresenta um ganho real para os trabalhadores. Agora haverá novas reuniões e a votação deverá ocorrer só na próxima semana.
Secretário recebe centrais
Na tentativa de obter uma solução para o impasse do piso regional, o secretário estadual de Trabalho e Renda, Sérgio Zveiter, reúne-se amanhã com os representantes das centrais sindicais. O presidente da Comissão de Trabalho da Alerj, deputado Ricardo Abrão (PDT), disse que a retirada do projeto, da pauta de votação ontem, foi a melhor saída. “Se o governo quisesse votar, aprovaria a sua proposta, pois tem a maioria”, informou.
Abrão vai continuar tentando consenso entre patrões e trabalhadores para um índice acima dos 6,86%. Já o representante dos empresários, Pedro Wahmann, afirmou que a proposta do governo é equilibrada.

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